Dias intermináveis de sonhos e em um momento de apenas 5 minutos sinto meu coração despedaçar, minha vida ruir. E me acho a pessoa mais idiota do mundo por ter acreditado em sentimentos, em palavras (vãs), em verdades (falsas), em pessoas (?). É a vida me puxando para o mundo de realidades, onde sentimentos não são valorizados, palavras são lançadas ao vento, verdades são ignoradas e as pessoas… bem, as pessoas possuem várias faces.
O mais intrigante é que vejo essas faces de cada um de acordo com os olhos do coração. Em alguns enxergo a face feia, em outros, a face machucada, cheia de cicatrizes. Com esses, tenho a grata surpresa de vê-los da forma mais linda e pura, diferente da face que a maioria gosta de ver. Mas quando enxergo de imediato uma face bonita, lisa, sem rugas, fico encantada. Onde estava tamanha beleza que ainda não havia sido descoberta por esses meus olhos carregados de emoção? E o deslumbre toma conta e me apaixono por aquele “retrato”. Não pela pessoa, mas por essa face linda, porém estática.
E então vem o senhor tempo e faz os olhos da razão se abrirem. Quanta surpresa!… Nesse momento vislumbro outra(s) face(s) dessa pessoa. E claro que não é bonita, pois me derreti de amores pela melhor representação que aquela criatura tinha. Isso é a decepção: se enganar. Fui enganada por quem? Pelo outro ou por mim mesma? Quantas bodas serão necessárias até que meus olhos do peito consigam caminhar de mãos dadas com os olhos por detrás dos olhos? Me sinto pesada, cansada, destruída. Rogo por compreensão, por um colo, por um sono onde acordar não seja opção. Deixo brotar do meu peito uma súplica para que a caminhada se torne menos amarga. Menos complicada. E se os céus me ouvirem, que tragam um refrigério para minh’alma, não tão nova, mas tão cansada e que só quer deitar na relva, na terra, até adormecer.
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